sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DIGESTÃO - 2º ano textos complementares

A digestão passo a passo
Tereza Cândida

O início do processo digestivo se dá na boca, com a mastigação. A trituração e umidificação do alimento, (com o auxílio da saliva) o transforma em bolo alimentar. É nesta etapa do processo que se inicia a quebra do amido, um tipo de açúcar (carboidratos).

A faringe (pequeno tubo comum ao aparelho digestivo e respiratório) está junta a ossos e cartilagens que auxiliam na deglutição (ato de engolir).

Depois de passar pela faringe, o alimento se desloca por um tubo alongado e muscular chamado esôfago. O bolo alimentar é empurrado pelo esôfago por meio dos movimentos peristálticos, que nada mais são que contrações musculares.

Ao final do esôfago encontra-se o estômago, o órgão mais popular quando o assunto é digestão, que tem formato de bolsa. No estômago começa a quebra das proteínas e gorduras.

Logo depois do estômago, está a porção duodenal do intestino delgado. (Todo o aparelho digestório pode ser tido como um grande tubo contínuo, porém alargado em algumas porções). No intestino delgado é continuada a quebra das proteínas e carboidratos, além da absorção dos mesmos pelo organismo.

Na seqüência dos órgãos, o intestino delgado é seguido do intestino grosso. Nele é feita a boa parte da absorção da água que existe nos alimentos. É também no intestino grosso que o bolo alimentar vai se transformando em fezes, que é todo o material não absorvido pelo organismo e que será eliminado.

Chegamos ao final do processo digestivo: depois do intestino grosso, as fezes passam pelo reto, um canal que se abre no ânus, orifício por onde as fezes serão eliminadas.







SISTEMA DIGESTIVO


O Sistema Digestivo é formado pelo tubo digestivo e suas glândulas anexas e tem como função retirar dos alimentos ingeridos os nutriente necessários para o desenvolvimento e a manutenção do organismo , isto é , o tubo digestivo tem a função de transformar alimento em nutrientes e absorvê-lo ,mantendo , ao mesmo tempo, uma barreira entre o meio interno e o meio externo do organismo .

Onde ocorre a digestão :

O primeiro passo deste complexo ocorre na boca ,onde o alimento é triturado pelos dentes na mastigação e umedecido pela saliva . Nesta região se inicia a digestão, do alimento ,processo que se continua no estômago e termina no intestino delgado ,onde o alimento é transformado em seus componentes básicas ,que são assim absorvidos .no intestino grosso há absolvição de água ,e consequentemente as fezes tornam-se semi-sólidas .

O que é digestão ?

É o conjunto de reações químicas por meio das substancias complexas macro moleculares são transformadas em outras mais simples ,de moléculas menores .

O tubo digestivo é formado por:

Boca

Faringe

Esôfago

Estômago

Intestino delgado

Intestino grosso

Ânus

As glândulas anexas são formadas por:

Glândulas salivais

Pâncreas

Fígado

Partes do tubo digestivo :

A boca :

É uma cavidade natural ,forrada por uma mucosa , que atua como porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo . é onde localizam-se os dentes ,a língua e desembocam as glândulas salivais .

Primeiras transformações :

São as mecânicas e químicas ,necessárias a digestão , a primeira ,pela ação dos dentes e da língua ,durante a mastigação ; Segunda pela atividade enzimática da ptialina (ou amilase salivar) enzima presente na saliva .

Glândulas salivares :

Possuímos três tipos de glândulas salivares : as parótidas ,as submandibulares e as sublinguais .elas são responsáveis pela produção diárias de cerca de um litro e meio de saliva ,que, juntamente com a mastigação ,realiza a primeira etapa da digestão .

Os alimentos que contém moléculas de amido (pães ,massas, batatas ,farinhas etc.) ,sob a ação da ptialina ,são quebrados em moléculas menores (maltose).

A língua :

É um órgão musculoso revestido por um tecido de várias camadas a apresenta-se presa pela sua extremidade posterior ao osso hióide. Ela participa da mastigação ,mantendo o alimento na linha de ação dos dentes ,atua na deglutição (ato de engolir) ,é fundamental para a articulação das palavras e o órgão responsável pela percepção do paladar.

Faringe :

É um tubo oco que liga a boca ao esôfago e também as fossas nasais á laringe .logo, a faringe é um órgão comum ao sistema digestivo e respiratório .

Durante a deglutição o palato é mole é retraído para cima e a língua empurra o alimento para trás ,jogando-o dentro da faringe ,que se contrai voluntariamente e projeta o bolo alimentar para o esôfago , nesse momento ,a epiglote fecha o orifício de comunicação com a laringe (glote),impedindo a penetração do alimento nas vias respiratórias .

Você sabe como ocorre o engasgo?

Você talvez já tenha percebido que não podemos respirar e engolir ao mesmo tempo . quando as partículas alimentares entram inadequadamente na laringe , provoca um acesso de tosse cuja a finalidade é expeli-las das vias respiratórias . é o que chamamos de engasgo.

O esôfago :

É um tubo membranoso formado por músculos lisos e involuntários ,que empurram delicadamente o bolo para o estômago por meio de contrações e relaxamentos (movimentos peristálticos).

Podemos concluir que o alimento não cai no estômago diretamente pela ação da gravidade .Se uma pessoa deglutir alguma coisa , mesmo estando de cabeça para baixo, o material deglutido ainda assim será levado ao estômago .

O estômago :

É a parte mais dilatada do sistema digestivo ,podemos comportar de dois a quatro litros de alimentos . sua entrada denomina-se Cárdia ,onde o esôfago se comunica com o estômago e a outra abertura é o Piloro que se comunica com o intestino delgado.

Internamente o sistema o estômago é forrado por uma camada denominada mucosa gástrica ,responsável pela produção de muco protetor e onde se alojam as glândulas gástricas , produtoras do suco gástrico , contendo ácido clorídrico e enzimas digestivas ( pepsina , renina e lipase gástrica .)

Em conseqüência da secreção de ácido clorídrico ,o pH do suco gástrico fica normalmente entre 1.5 e 2.5 . A sensação de queimadura que você sente quando vomita ou regurgita alimento é causada pela acidez do suco gástrico em ação sobre membrana não protegidas .normalmente o muco forma barreira entre o epitélio do estômago e o suco gástrico e impede que o estômago se dirija a si mesmo.

Quimificação é a etapa do processo digestivo que ocorre no estômago.

Intestino delgado:

No intestino delgado a quebra das moléculas alimentares ,iniciada na boca e continuada no estômago ,é completada ,as moléculas alimentares são então absorvidas no sistema digestivo para o sistema circulatório ,pelo qual são enviadas ás células ,nesse órgão ,atuam Na digestão dos alimentos ,o suco gástrico , suco pancreatico e o bile.

Enzimas composta no suco intestinal:

Erepsina- transforma os peptídeos em aminoácidos .

Sacarase- transforma a sacarose

Maltase- transforma a maltose em glicose

Lactase- transforma a lactose em glicose e galactose .

Lipase entérica- transforma os lípidios em ácidos graxos e glicerol.

O suco pancreatico é produzido pelas pâncreas que lança ao duodeno através do canal de Wirsung . as principais enzimas do suco pancreático são:

Tripsina- transforma em aminoácidos os peptídeos e quaisquer proteínas que não tenham sido transformada no estômago .

Amilase pancreática – transforma o amido em maltose

Lipase pancreática- transforma os lipídios em ácidos graxos e glicerol.

Produtos finais da digestão :

Terminada a digestão restam no intestino substancias mais simples ,que constituem os produtos finais do processo no intestino delgado recebem o nome de quilificacão .

Os componentes do quilo são :

*Glicose ,frutose e galactose –resultante da digestão dos carboidratos,.

*aminoácidos- resultantes da digestão das proteínas.

*ácidos graxos e glicerol- resultante da digestão dos lipídios .

Os produtos finais da digestão atravessam as paredes do intestino delgado e caem na corrente sangüínea .As vitaminas e sais minerais ,então são distribuídos para todas as células do corpo .

Depois que já houve a absorção dos nutrientes ao longo do intestino delgado ,o que sobrou do bolo alimentar ,(água, detritos etc.) deve ser enviado para o intestino grosso através dos movimentos peristálticos .

O intestino grosso :

A principal função do intestino grosso é reabsorver água .Suas células epiteliais secretam muco ,o qual lubrifica a massa de resíduo alimentar Qual vai perdendo água ,resta ainda no interior grosso um material não digestivo .formam-se então as fezes , que devem ser eliminadas do organismo.





A Digestão humana

Extracelular é a digestão denominada para o ser humano, sendo realizada através da trituração de alimentos, operações vitais e pela salivação. O aparelho digestório humano é constituído pela boca, faringe, esôfago,estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.



São incorporados ao aparelho digestório as glândulas salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas.



4.1 Fenômenos físicos

A digestão se inicia na boca através da mastigação e deglutição. O alimento é empurrado para o meio do tubo digestivo através das contrações das fibras musculares.

Os músculos da faringe e da parte antecedente ao esôfago apresentam caneluras. Já os músculos da parte posterior do esôfago, intestino e do estômago são lisos.

As esfíncteres são componentes que estão em diferentes partes do tubo digestório. São constituídas por um músculo de fibra circulares:

Cárdia: está entre o esôfago e o estômago.
Piloro: está entre o estômago e o duodeno
Ileocólico: está entre o intestino delgado e o cólon
Anais internos e externos: está na parte inferior do reto.

4.2 Digestão na cavidade bucal

Amilase salivar ou ptialina - Enzima que atua sobre o amido e outros polissacarídeos (glicogênio, por exemplo), transformando-os em moléculas menores de maltose.

A digestão depende de fatores químicos importantes como, por exemplo, o pH. Existem três locais dosistema digestório que ocorrem os processos de digestão, e em cada um deles o pH é diferente.



Quando o amido é digerido pela saliva, se obtém a eritrodextrina, que juntamente com o iodo forma a cor vermelha, e em seguida se forma em acrodextrina, não mantendo coloração junto com o iodo, e se transformando em maltose.

Quando colocamos um alimento na boca nosso sistema nervoso nos manda estímulos através do cérebropara salivarmos, com isto, a ingestão do alimento ocorre de foram rápida e prática.

4.3 Digestão na cavidade gástrica

Muco: É uma substância viscosa produzida por glândulas que revestem o epitélio bucal. Que se mistura à saliva. Assim, o bolo alimentar torna-se viscoso, protegendo o epitélio do tubo digestivo contra o atrito provocado pela deglutição, preservando o estômago do HCl, e das moléculas do suco gástrico.

HCl: auxilia o recolhimento de ferro; pH de excelente qualidade; realiza a digestão de proteínas; impulsiona a enzima do suco gástrico; atua contra as bactérias provenientes do ar externo.

Pepsina: atua no suco gástrico e digere proteínas, como age em um alto teor de acidez, a enzima tem uma duração estimada baixa.

Gastrina: regula os hormônios, e tem a função de incitar o suco gástrico.

Enterogastrona: regula os hormônios, e tem a função de vedar o suco gástrico.

4.4 O suco pancreático

O suco pancreático tem um alto teor de bicarbonato, mantendo o seu pH entre 7,8 a 8,2. Ele é controlado por mecanismos hormonais e nervosos.

A secreção pancreática tem 6 enzimas diferentes que agem em seu suco pancreático, constituído com o alto teor de acidez.

Tripsina: é uma enzima que atua nas célula. animais ou vegetais, se coloca sobre a proteína quase digerida ou digerida, fazendo com que a mesma se torne cada vez menor.

Quimotripsina: enzima produzida através da ação da tripsina sobre o quimotripsinogênio, age sobre proteínas inteiras ou pouco digeridas, fazendo com que a mesma se torne cada vez menor.

Amilase pancreática: decompõe as moléculas de polissacarídeos e dissacarídeos em suas respectivas classes.

Lípase pancreática: decompõe a glicerina extraída dos corpos gordurosos e ácidos.

Nucleases: decompõe os ácidos ribonucléicos e desoxirribonuclease.

4.5 A bile

A bile e um líquido amargo expelido pelo fígado, originada a partir dos glóbulos vermelhos do sangue.

Os sais presentes na bile preparam o líquido para que se misture com a gordura, auxiliando a celeridade da reação química pelas lípases. Alem desta atividade os sais auxiliam no dissolvimento das partículas ingeridas pela boca.

O intestino delgado é revestido por uma gordura e uma membrana do organismo, e faz com que a vesícula se encurte através dos hormônios gerados, expulsando o líquido bilear.

4.6 O suco entérico

O suco entérico possui uma substancia viscosa (muco) com a função de evitar que ocorra uma autodigestão da parede intestinal. Além disso, possui também sete enzimas.

São elas:

Enteroquinase - transforma tripsinogênio em tripsina;
Erepsina - digerem oligopeptídios, transformando-os em aminoácidos;
Lípase - decompõe os lipídeos e os ácidos graxos;
Amilase - decompõe o grupo dos dissacarídeos;
Maltase - decompõe a maltose;
Lactase - decompõe a lactose e a glicose;
Sucrase - decompõe a sacarose, glicose e frutose.

Para que se possa ter uma secreção intestinal, são necessárias influências diretas, ou seja, a tensão violenta do intestino.



4.7 A absorção dos alimentos

O intestino delgado possui microvilosidades, que ampliam a região de absorção, por isso que os alimentos são absorvidos principalmente por este órgão.

Como a absorção de alimentos é uma atividade que resulta em gasto de energia, ela é realizada principalmente transporte ativo e difusão, porém, existem algumas substâncias que são absorvidas por pinocitose.

Depois que ingerimos os alimentos, a ação dos sucos estomacais transforma-os em uma massa pastosa denominada quimo. O intestino grosso recebe aproximadamente 500 ml de quimo por dia, e grande parte da água e dos eletrólitos são absorvidos, sendo eliminado somente 100 ml nas fezes.

No intestino grosso há a presença da flora intestinal, formada por um conjunto enorme de bactérias, que são responsáveis pela produção de vitaminas e gases importantes.


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Um pouco mais sobre digestão nos links:

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

RESPIRAÇÃO - 2º ano textos complementares

SISTEMA RESPIRATÓRIO

O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões.

Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.

Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.

Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe.

A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias.

O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, ascordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.

Traquéia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.

Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória.

Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.

Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdomen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma (ver controle da respiração)

Imagem: SÉRIE ATLAS VISUAIS. O corpo Humano. Ed. Ática, 1997.







SISTEMA RESPIRATÓRIO


Órgãos do aparelho respiratório.

Através do sistema respiratório o organismo humano realiza as trocas gasosas, eliminando o gás carbônico e absorvendo o oxigênio. Esse processo envolve diversas estruturas, sendo: o nariz (as narinas), a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios e os alvéolos pulmonares.

Cada uma dessas estruturas possui especializações relacionadas à função que desempenham, por exemplo: no interior das narinas é secretado um muco polissacarídeo que, associado à presença de pelos, auxiliam na defesa do organismo, impedindo a entrada de impurezas (filtrando o ar), retendo partículas indesejáveis e micro-organismos patogênicos.

Após inspirado, entrando pelas narinas (cavidade nasal), o ar passa para a faringe, uma região quecomunica o sistema digestório ao respiratório através de uma válvula denominada epiglote.

Durante o processo respiratório, a epiglote permite a passagem de ar de forma a não fechar a abertura de acesso à laringe em relação à glote. Em seguida, o ar inspirado atinge então a região da laringe (estrutura formada por cartilagem), local onde se encontra as cordas vocais que proporcionam a voz, a partir da emissão de uma corrente de ar que vibra as pregas vocais produzindo o som.

Imediatamente o ar percorre a traqueia, que se divide (bifurca) em dois ramos chamados brônquios, um em direção ao pulmão direito (que contém três lóbulos) e o outro para o pulmão esquerdo (com dois lóbulos). Dos brônquios partem numerosos canalículos (os bronquíolos), e em suas terminações encontram-se os alvéolos.

Nos alvéolos ocorrem as hematoses, processo em que os gases se difundem de acordo com o gradiente de concentração (do meio de maior concentração para o de menor concentração), ou seja: o maior teor de gás carbônico presente no sangue venoso se difunde dos capilares pulmonares para o interior dos alvéolos; e o maior teor de oxigênio no interior dos alvéolos se difunde para os capilares pulmonares, onde o O2 é assimilado pelos íons ferro presentes na molécula de hemoglobina contida nas hemácias.

O gás carbônico é então eliminado por meio da expiração, efetuando o percurso inverso ao da inspiração: alvéolos, bronquíolos, brônquios, traqueia, laringe, faringe, cavidade nasal, narinas e meio externo.

Todo esse processo ocorre em consequência ao movimento periódico da musculatura do diafragma e também de músculos que, interligados às costelas (músculos intercostais), harmonizam uma alteração do volume torácico:

- Na situação de contração do diafragma (deslocando-se para baixo) e relaxamento dos músculos intercostais (expansão das costelas), a cavidade torácica tem seu volume aumentado, proporcionando uma baixa pressão no interior do pulmão, o que resulta na entrada de ar (rico em oxigênio);

- Na situação de relaxamento do diafragma (deslocamento para cima) e contração dos músculos intercostais (retração das costelas), a cavidade torácica tem seu volume diminuído, proporcionando uma alta pressão no interior do pulmão, resultando na saída de ar (rico em gás carbônico).

Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola





RESPIRAÇÃO



Dia de pescaria! Juntar os amigos para pescarnum rio limpinho é bom demais! Você já reparou quanto tempo a gente demorapara fisgar um peixe? Como eles conseguem ficar tanto tempo embaixo d’água?

E por que eles acabam morrendo quando ficam fora dela?

Além da respiração dos peixes, vamos ver nesta aula outras formas derespiração.Obtenção de energiaEm aulas anteriores, vimos a respiração como um processo para a obtençãode energia. Nesse caso, o termo respiração estava relacionado a processoscelulares, nos quais por meio da entrada de glicose na célula, proveniente datransformação dos alimentos, ocorria a seguinte reação química:C6h62O6+ 6 O2 ® 6 CO2+ 6 H2O + Energia

Estudaremos as trocas gasosas entre diferentes seres vivos e omeio ambiente, mais precisamente como ocorre a tomada de oxigênio do meioque circunda um organismo e a liberação de gás carbônico desse organismo parao meio.

O termo respiração é utilizado pelas pessoas para designar dois processosdiferentes:- a respiração celular;- a tomada de oxigênio do meio pelo organismo e a liberação de gáscarbônico do organismo para o meio (trocas gasosas).Entretanto, é importante sabermos que o termo respiração restringe-se,em linguagem científica, à respiração celular.Como o oxigênio e o gás carbônico entram e saem através damembrana celular?Para obter oxigênio e eliminar gás carbônico, os animais devem possuir umamembrana respiratória. Imagine que o oxigênio deve entrar na célula e o gáscarbônico deve sair dela

Os organismos que obtêm oxigênio apenas pelo processo de difusão são, namaioria das vezes, muito pequenos (1 mm ou menos), pois este é um processolento e ocorre quando são percorridas curtas distâncias.Entretanto, aqueles organismos maiores que possuem uma pele bastante finae vivem em ambientes úmidos, como minhocas e sapos, conseguem realizar astrocas gasosas por meio da difusão de gases entre as células da pele e o ambienteem que se encontram.

Este tipo de respiração é chamado de cutânea

Os organismos de respiração cutânea só podem viver em ambientes aquáticosou terrestres úmidos.

As minhocas vivem enterradas em solo úmido. Se vieremà superfície num dia muito seco, perdem água do corpo para o ambiente, devidoà evaporação, e conseqüentemente podem morrer.

A causa da morte da minhoca pode ser também a incapacidade de realizaras trocas de gases, pois se o gás carbônico e o oxigênio não estiverem dissolvidosem água, não conseguem atravessar a membrana respiratória.

Nas minhocase nos sapos existem vasos sangüíneos que se ramificam na pele. Estes vasosrecebem oxigênio que as células da pele absorvem e o transportam para as célulasde outros tecidos. Além disso, os vasos sangüíneos transportam gás carbônicoliberado pelas células de todo o corpo do animal até sua pele

Entre as células da pele de minhocas e de sapos existem algumas célulasprodutoras de muco. Este material é viscoso e se espalha sobre a pelemantendo-a úmida, o que auxilia as trocas gasosas, já que o oxigênio e ogás carbônico dissolvem-se nesse muco.

Respiração branquial

As brânquias são utilizadas, na grande maioria dos casos, para a respiraçãoaquática. Os peixes e os girinos trocam gases com o ambiente através dasbrânquias.Em organismos aquáticos, o oxigênio utilizado na respiração encontra-se dissolvido na água e não faz parte da molécula de água (H2O). O ar quese mistura na água ou a fotossíntese realizada pelas algas são osresponsáveis pela presença de oxigênio nos mares, rios e lagos.

Na natureza encontramos dois tipos de brânquias, as externas e as internas.

A salamandra é um tipo de anfíbio que possui brânquias externas quando jovem,e o peixe possui brânquias internas

As brânquias externas apresentam desvantagens, pois podem atrairpredadores ou serem raspadas em objetos, ocasionando ferimento ou perdadestas.Afinal, como os peixes conseguem ficar tanto tempo embaixo da água? Comoas brânquias auxiliam o peixe na obtenção de oxigênio dissolvido na água?

Você sabia?

Os peixes não podem respirar fora d’água, pois suas brânquias não possuemsuportes rígidos. A água, que possui densidade maior do que o ar, fornece osuporte adequado para as brânquias.Quando os peixes se encontram fora da água, as brânquias se colam umas nasoutras. É como colocar um pincel dentro da água: os pêlos ficam todos separados.Fora da água, os pêlos ficam grudados uns nos outros.

Faça este teste paracomprovar!Quando fora da água, as brânquias perdem muita água e ocorre uma granderedução da superfície respiratória. O peixe, fora da água, acaba morrendo.

Respiração pulmonar

Os animais que respiram em ambiente terrestre possuem uma grandevantagem sobre aqueles que vivem em ambiente aquático, pois a quantidade deoxigênio é maior no ar do que na água.

Entretanto, eles enfrentam um grande problema: a perda de água pelo corpo.Para prevenir a evaporação indevida, as superfícies respiratórias (como porexemplo o pulmão) localizam-se normalmente em cavidades especiais.Os pulmões são constituídos por sacos muito numerosos e pequenos chamadosalvéolos, que são formados por células sempre úmidas e revestidas por vasossangüíneos nos quais irão ocorrer as trocas gasosas.

Sistema Respiratório

Todos os seres vivos precisam de energia.

Um dos principais objetivos da alimentação é obter matéria-prima ? os nutrientes- para a produção de energia.

Os nutrientes participam de reações químicas com o oxigênio (oxidação) para que a energia seja liberada. Esse processo é chamado respiração aeróbica.

Normalmente o composto oxidado é a glicose e o agente oxidante é o oxigênio.

O resultado desse processo é a formação de energia na forma de ATP (trifosfato de adenosina), gás carbônico e água.

C6H62O6 + 6O2 6 CO2 + 6H2O + 36 ATP

Respiração

Mecanismo que compreendem a entrada e a saída de gases no organismo, envolvendo as trocas gasosas que ocorrem entre o sangue e o meio extracorpóreo. O processo que envolve essas trocas chama-se Difusão.

A passagens dos gases ocorre passivamente através de uma membrana semipermeável de um meio onde a concentração é maior para outro onde a concentração é menor.

Respiração tegumentar ou cutânea

Na respiração cutânea a troca de gases é feita diretamente entre a superfície do corpo e o meio externo.

As trocas gasosas ocorrem por diferença de concentração entre os dois meios. O oxigênio é difundido para o meio intracelular enquanto o gás carbônico percorre o caminho inverso.

A evolução de estruturas especializadas na respiração permitiu o aumento de volume corporal dos animais.

Na respiração cutânea, o aumento do volume do corpo exige uma superfície maior, em termos de área, para suprir de oxigênio todos os tecidos do corpo.

Respiração Traqueal

Traquéias: conjunto de tubos que comunicam o meio exterior aos tecidos corporais permitindo a troca de gases.

Quanto mais internas, menor o calibre e mais ramificadas.

Partem da superfície do corpo através de aberturas chamadas espiráculos e estigmas.

As traquéias são estruturas respiratórias anatomicamente mais simples e exclusivas dos Artrópodes.

Respiração Branquial

Brânquias: estruturas respiratórias presentes em animais aquáticos.

EX: Peixes, larvas de anfíbios, crustáceos, maioria dos moluscos, poliquetos marinhos.

Localizam-se lateralmente, após a cavidade bucal, formando 2 órgãos laterais constituídos por uma série de filamentos sobre os quais se dispõem as lamelas branquiais.

A respiração branquial é mais complexa que os outros tipos de respiração porque o oxigênio encontra-se dissolvido no meio aquático.

Os peixes não fazem movimentos de inspiração e expiração como nos animais pulmonados. Ocorre um fluxo constante e unidirecional de água que penetra pela boca, atinge os órgãos respiratórios e sai imediatamente pelo opérculo.

A cada filamento chega uma artéria com sangue venoso que se ramifica pelas lamelas branquiais.

A partir daí o sangue é oxigenado e deixa a estrutura por uma veia.

As trocas gasosas entre o sangue e a água são facilitadas pela presença de um sistema contracorrente: fluxo de água e sangue em sentidos contrários.

O sangue que deixa as lamelas branquiais contém o máximo de oxigênio e o mínimo de gás carbônico.

RESPIRAÇÃO PULMONAR

O pulmão é um órgão interno.

A complexidade dos pulmões aumenta conforme a independência de água no ciclo de vida do animal aumenta.

Mamíferos: animais com maior complexidade dessas estruturas. Os pulmões são grandes e ramificados internamente e formam pequenas bolsas: os alvéolos.

Aves: os pulmões são pequenos, compactos, não-alvelares e deles partem os sacos aéreos. Os sacos aéreos atingem todas as regiões importantes do corpo, havendo inclusive vias que partem desses sacos e penetram no esqueleto (ossos pneumáticos).

Répteis: também apresentam pulmões alveolares porém menos complexos que os dos mamíferos. Os alvéolos ampliam a área de superfície das trocas gasosas.

Anfíbios: surgem após a fase larval. Apresentam alvéolos muito simples, o que é compensado, parcialmente, pela respiração cutânea.

Peixes Pulmonados: utilizam a bexiga natatória como pulmão, o que lhes permite resistir a curtos períodos de seca permanecendo enterrados no lodo.

SISTEMA RESPIRATÓRIO HUMANO

Composto por duas partes: as vias aéreas e os pulmões.

Caminho que ar percorre no corpo humano:

narinas;
fossas nasais;
faringe;
laringe;
traquéia;
brônquios;
bronquíolos;
alvéolos pulmonares.

Pulmões: estruturas em forma de saco que contêm brônquios, bronquíolos e alvéolos

O Pulmão direito (3 lobos) é maior que o Pulmão esquerdo (2 lobos).

Os pulmões são envoltos e protegidos pela pleura.

A ventilação dos pulmões ocorrem pelos movimentos de inspiração e expiração.

(A musculatura entre as costelas e o diafragma participam desses movimentos).

?O diafragma é um músculo exclusivo dos mamíferos?.

CONTROLE DA RESPIRAÇÃO

O controle do ritmo involuntário da respiração é exercido pelo bulbo e deve-se principalmente à percepção da concentração de CO2 no sangue.

Os sinais transmitidos pelo bulbo são conduzidos por nervos que controlam os músculos intercostais e os do diafragma.

TROCAS GASOSAS

Gases importantes para a respiração: gás carbônico (CO2) e oxigênio (O2).

No sangue venoso, a concentração de gás carbônico é maior do que a da água ou a do ar em contato com a superfície respiratória, ocorrendo o inverso com o oxigênio.

Desse modo, há difusão de CO2 para a água ou para o ar e entrada de O2 no sangue.

O sangue venoso passa, então, a sangue arterial e este processo denomina-se Hematose.

PIGMENTOS RESPIRATÓRIO

Hemoglobina (Hb); - Carboemoglobina;
Carboxiemoglobina; - Oxiemoglobina;

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

Um pouco mais sobre digestão nos links:


terça-feira, 2 de novembro de 2010

CIRCULAÇÃO - 2º ano textos complementares

Funcionamento do Sistema Circulatório



Em anatomia e fisiologia, o sistema circulatório é percorrido pelo sangueatravés das artérias, dos capilares e das veias. Este trajeto começa e termina no coração. O aparelho circulatório é responsável pelo fornecimento de oxigênio, substâncias nutritivas e hormônios aos tecidos; além disso, também exerce a função de transportar os produtos finais do metabolismo (excretas como CO2 e uréia) até os órgãos responsáveis por sua eliminação.

A circulação inicia-se no princípio da vida fetal. Calcula-se que uma porção determinada de sangue complete seu trajeto em um período aproximado de um minuto.

Vasos sanguíneos

Os vasos sanguíneos são tubos pelo qual o sangue circula. Há três tipos principais: as artérias, que levam sangue do coração ao corpo; as veias, que o reconduzem ao coração; e os capilares, que ligam artérias e veias. Num circulo completo, o sangue passa pelo coração duas vezes: primeiro rumo ao corpo; depois rumo aos pulmões.

Vasos Sanguíneos: Veia, Artéria, Capilar.

Coração (o centro funcional)

O aparelho circulatório é formado por um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo centro funcional é o coração. O coração bombeia sangue para todo o corpo através de uma rede de vasos. O sangue transporta oxigênio e substâncias essenciais para todos os tecidos e remove produtos residuais desses tecidos.

O coração é formado por quatro cavidades; as aurículas direita e esquerda e os ventrículos direito e esquerdo. O lado direito do coração bombeia sangue carente de oxigênio, procedente dos tecidos, para os pulmões, onde este é oxigenado. O lado esquerdo do coração recebe o sangue oxigenado dos pulmões, impulsionando-os, através das artérias, para todos os tecidos do organismo.

Circulação pulmonar

O sangue procedente de todo o organismo chega à aurícula direita através de duas veias principais; a veia cava superior e a veia cava inferior. Quando a aurícula direita se contrai, impulsiona o sangue através de um orifício até o ventrículo direito. A contração deste ventrículo conduz o sangue para os pulmões, onde é oxigenado. Depois, ele regressa ao coração na aurícula esquerda. Quando esta cavidade se contrai, o sangue passa para o ventrículo esquerdo e dali, para a aorta, graças à contração ventricular.

Sistema Circulatório

Esquema do sistema circulatório.

Ramificações

As artérias menores dividem-se em uma fina rede de vasos ainda menores, os chamados capilares. Deste modo, o sangue entra em contato estreito com os líquidos e os tecidos do organismo. Nos vasos capilares, o sangue desempenha três funções; libera o oxigênio para os tecidos, proporciona os nutrientes às células do organismo, e capta os produtos residuais dos tecidos. Depois, os capilares se unem para formar veias pequenas. Por sua vez, as veias se unem para formar veias maiores, até que por último, o sangue se reúne na veia cava superior e inferior e conflui para o coração, completando o circuito.

Circulação portal

A circulação portal é um sistema auxiliar do sistema nervoso. Um certo volume de sangue procedente do intestino é transportado para o fígado, onde ocorrem mudanças importantes no sangue, incorporando-o à circulação geral até a aurícula direita.


DISPONÍVEL EM: http://www.webciencia.com/11_21circula.htm




Circulação



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Tipos de Circulação- circulação aberta: tipo de circulação em que o sangue ou hemolinfa sai do interior dos vasos e entra em contato direto com as células. Ocorre em artrópodes e na maioria dos moluscos.

- circulação fechada: tipo de circulação em que o sangue flui exclusivamente dentro dos vasos.
Não há contato direto entre o sangue e as células. Ocorre em anelídeos, moluscos cefalópodes e vertebrados.
- circulação simples: tipo de circulação em que o sangue passa uma única vez pelo coração em cada ciclo completo. Ocorre em vertebrados de respiração branquial.
- circulação dupla: tipo de circulação em que o sangue passa duas vezes pelo coração em cada ciclo completo. Ocorre em vertebrados de respiração pulmonar.
- circulação dupla incompleta: tipo de circulação em que ocorre mistura dos sangues venoso e arterial no coração ou na comunicação entre a artéria aorta e a pulmonar. Presente em anfíbios e répteis.
- circulação dupla completa: tipo de circulação em que não ocorre mistura dos sangues venoso e arterial no coração. Presente em aves e mamíferos.
- sangue venoso: sangue cuja taxa de gás carbônico é maior que a de oxigênio.
- sangue arterial: sangue cuja taxa de oxigênio é maior que a de gás carbônico.

O sistema circulatório humano

O sistema circulatório é formado pelo sangue, coração e pelos vasos sanguíneos. Tem como função transportar nutrientes, gases, células de defesa, hormônios e produtos de excreção por todo o corpo.

O sangue circula pelos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e compõe-se de células dispersas num líquido amarelado, o plasma. As artérias o conduzem do coração para os órgãos e tecidos do corpo, enquanto nas veias ele flui em sentido inverso.

O coração é um órgão musculoso dividido em quatro câmaras: duas superiores (átrios ou aurículas) e duas inferiores (ventrículos). Pelo lado direito só circula sangue venoso, rico em CO2.

Pelo esquerdo, sangue arterial, rico em O2. No sistema, o sangue percorre um circuito fechado.

Após passar pelos tecidos, chega ao coração pelas veias cavas. Entra no átrio direito, passa para o ventrículo direito e parte para os pulmões, onde será oxigenado. Retorna ao coração pelas veias pulmonares, ligadas ao átrio esquerdo. Desse, passa para o ventrículo esquerdo, de onde vai para o corpo pela aorta.


DISPONÍVEL EM: http://www.algosobre.com.br/biologia/circulacao.html





Sistema Circulatório e Circulação Sangüínea
Informações sobre o sangue humano, artérias e veias, funcionamento do sistema circulatório, o aparelho circulatório
nos seres humanos, a circulação sangüínea no corpo humano, artérias e veias, o coração

coração
Coração: principal órgão do sistema circulatório


Introdução

As células de todos os seres vivos necessitam de alimento e também de oxigênio. No caso do ser humano, seu corpo apresenta órgãos especiais que possuem a função de digerir os alimentos a fim de absorverem o oxigênio do ar (digestão e respiração), contudo, é necessário que esse alimento seja levado para todas as células. Para isso, existe o sistema circulatório, que leva o alimento e o oxigênio para todas as partes do corpo.

Conhecedo o sistema circulatório

O sangue é vital para a vida das células, pois, além levar alimento e oxigênio para elas, ele também retira delas as sobras das substâncias que já não lhe são úteis. Seu percurso por todo o corpo ocorre através das veias e artérias, que se subdividem até formar vasos extremamente finos, atingindo, desta forma, todas as células.

O papel do sangue é extremamente importante, pois ele retira os nutrientes dos órgãos de digestão e o oxigênio do pulmão para levar estas substâncias para as células, para tanto, ele é impulsionado pelo coração e, assim, faz seu percurso pelas artérias (veias que saem do coração), em sua forma boa e limpa.

Durante sua trajetória pelo corpo, o sangue é filtrado pelos rins, deixando neste órgão muitos dos detritos das células. Ao regressar, ele carrega gás carbônico que absorveu das células, uma vez que, em seu lugar, deixou o oxigênio.

Após este processo, o sangue retorna ao coração, através das veias, que o transportam em sua forma ruim e sem oxigênio. Para melhorar a qualidade sanguínea, o coração envia o sangue aospulmões, para que, desta forma, o gás carbônico seja trocado pelo oxigênio, e, em seguida, o impulsiona de volta ao corpo.

Componentes

O sistema composto pelas artérias e veias que levam o sangue aos pulmões e em seguida ao coração, é chamado de pequena circulação. Já no caso do sangue que parte do coração pelas artérias, seguindo em direção ao resto do corpo e retornando pelas veias, recebe o nome de grande circulação.




Circulação

As células de todos os seres vivos precisam receber nutrientes e eliminar os resíduos de seu metabolismo. Nos animais mais complexos e que possuem sistemas especializados no transporte de inúmeras substâncias, há um coração que bombeia o líquido circulante para as células com uma determinada frequência. O líquido circulante pode ser incolor, chamado de hemolinfa, presente nos insetos, ou colorido e neste caso recebe o nome de sangue. A cor é determinada pela existência de pigmentos, como é o caso da hemoglobina presente em muitos invertebrados e em todos os vertebrados, que contêm átomos de ferro responsáveis pela coloração avermelhada do sangue.

Como se dá a circulação nos diferentes filos animais.

Filo
Como é a circulação
Poríferos
Circulação de água pelo átrio, amebócitos móveis na camada gelatinosa da parede do corpo.
Cnidários
Cavidade gastrovascular - digestão de alimento e circulação de água e substâncias dissolvidas.
Platelmintos
Cavidade digestiva ramificada (cavidade gastrovascular).
Anelídeos em diante
Sistema circulatório - vasos favorecem o fluxo contínuo de material dissolvido em água.

Os dois tipos de sistemas circulatórios

Nos animais, há dois tipos de sistema circulatório: sistema aberto e sistema fechado. No sistema circulatório aberto, o líquido bombeado pelo coração periodicamente abandona os vasos e cai em lacunas corporais. Nessas cavidades, as trocas de substâncias entre o líquido e as células são lentas. Vagarosamente, o líquido retorna para o coração, que novamente o bombeias para os tecidos. Esse sistema é encontrado entre os artrópodes e na maioria dos moluscos. A lentidão de transporte de materiais é fator limitante ao tamanho dos animais. Além disso, por se tratar de um sistema aberto, a pressão não é grande, suficiente apenas para o sangue alcançar pequenas distâncias.

O gafanhoto possui circulação aberta

No sistema fechado, o sangue nunca abandona os vasos. No lugar das lacunas corporais, existe uma grande rede de vasos de paredes finas, os capilares, pelos quais ocorrem troca de substâncias entre o sangue e os tecidos. Nesse tipo de sistemas, o líquido circulante fica constantemente em movimento, a circulação é rápida. A pressão desenvolvida pela bomba cardíaca é elevada e o sangue pode alcançar grandes distâncias. O tamanho dos animais pode ser maior. Esse tipo de sistema circulatório é encontrado nos anelídeos, em alguns moluscos ágeis (lulas e polvos) e em todos os vertebrados.

Circulação fechada de um anelídeo.

A circulação humana

No ser humano, como em todos os mamíferos, a circulação é feita através de um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo núcleo funcional é o coração. A circulação é responsável pela disseminação de alimentos e de oxigênio e retirada dos restos formados pelas atividades celulares, esse trabalho é executo pelo sangue.

Coração Humano

- Tamanho: aproximadamente o de um punho fechado.
- Peso: cerca de 300 gramas.
- Número de batimentos cardíacos por minuto: bate ente 72 e 80 vezes/min.
- Função: mantém uma corrente constante de sangue venoso para os pulmões e outra de sangue arterial para as diferentes partes do corpo.

O coração é um músculo oco, de fibras estriadas, revestido externamente pelo pericárdio (serosa) e dividido por um septo vertical em duas metades. Cada metade consiste de duas câmaras: 1 aurícula superior e 1 ventrículo inferior. Entre cada câmara há uma válvula, a tricúspide do lado direito do coração e a bicúspide ou mitral, do lado esquerdo.

Estas válvulas abrem-se em direção aos ventrículos durante a contração das aurículas e, em seguida, fecham-se, impedindo o refluxo do sangue. Na aurícula direita chegam às veias cavas superior e inferior e na aurícula esquerda, as quatro veias pulmonares.


Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar e do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta. Em cada contração, o sangue é bombeado, com certa pressão, para o interior dos vasos sanguíneos (artérias, arteríola, capilares vênulas e veias).

O coração funciona como uma bomba e seu trabalho resulta na circulação do sangue no organismo. Esse trabalho é possível graças à presença de uma musculatura cardíaca chamada miocárdio. Quando o coração se relaxa (diástole), enche-se de sangue, que chega através das veias; ao contrair os vasos, artérias, o sangue é levado para todo o organismo.

Os movimentos cardíacos: Sístole e Diástole

A contração ventricular é conhecida como sístole e nela ocorre o esvaziamento dos ventrículos. O relaxamento ventricular é conhecido como diástole e é nessa fase que os ventrículos recebem sangue dos átrios.

A contração ventricular força, então, a passagem de sangue para as artérias pulmonar e aorta, cujas válvulas semilunares (três membranas em forma de meia lua) se abrem para permitir a passagem de sangue. Uma vez no interior desses vasos, o retorno do sangue (refluxo) para os ventrículos a partir das artérias aorta e pulmonar é evitado pelo súbito fechamento dessas mesmas válvulas.

O sangue

Os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas são como as peças de um carro. Cada um tem uma função definida. Os glóbulos vermelhos levam oxigênio. Os brancos combatem infecções, ou seja, vírus e bactérias que atacam o corpo e nos deixam doentes. E as plaquetas ficam responsáveis por parar os sangramentos, como quando alguém faz um corte na mão - ou seja, a plaqueta ajuda na coagulação do sangue. Os três estão misturados numa substância líquida chamada plasma. Um homem tem em média 5 milhões de glóbulos vermelhos por milímetro cúbico de sangue.

O sangue não anda só por avenidas. Existem também as ruas, que são as vênulas e as arteríolas - veias e artérias menores. E ainda há ruazinhas chamadas de vasos capilares. Tudo isso porque o sangue tem que chegar em cada pequeno quarteirão do nosso corpo, na mais remota periferia.

Olhe para sua mão: tem um monte de veias e artérias debaixo da pele. É assim no seu corpo inteiro. Por isso, quando você leva um corte - não importa onde seja - sempre sai sangue. Tudo bem, o sangue está por todo o corpo. Mas quanto sangue, exatamente?

Depende do tamanho da pessoa. Um adulto tem cinco litros, em média.

Características dos vasos

As artérias: Sua função é transportar sangue oxigenado sob uma pressão elevada aos tecidos, por esta razão as artérias têm paredes vasculares fortes e o sangue flui rapidamente nelas. As artérias são tubos expansíveis que têm três capas:

  • Interna ou íntima: formada por tecido endotelial.
  • Média: composta principalmente por fibras elásticas.
  • Externa ou adventícia: composta principalmente por tecido fibroso. Pela presença do tecido elástico as artérias respondem de forma passiva à pressão do sangue contido.

O tecido elástico perde a flexibilidade com a velhice e então as artérias tendem a encolher-se, tornando-se tortas e endurecidas, o que faz com que a pressão se modifique.

As arteríolas: São as últimos partes do sistema arteriolar. Sua estrutura é similar às artérias, sendo a capa média principalmente muscular, pelo que se espera que haja mudanças ativas e não passivas em seu calibre. Portanto a quantidade de sangue que chega à camada capilar pode aumentar ou diminuir em resposta às necessidades dos tecidos e, às vezes, em resposta à atividade emocional. Por exemplo: a palidez provocada pelo medo, a frieza das mãos devida à apreensão ou o rubor facial ante a vergonha.

Os capilares: Os capilares são compostos de uma só capa: o endotélio. Em média, não medem mais do que 1mm de comprimento e servem de conexão entre arteríolas e vênulas. A função dos capilares é intercambiar líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial ou tissular. Para esta função as paredes capilares são muito finas e permeáveis às moléculas pequenas.

A pequena circulação

A artéria pulmonar parte do ventrículo direito e se bifurca logo em artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda, que vão aos respectivos pulmões. Uma vez dentro dos pulmões, ambas se dividem em tantos ramos quantos são os lobos pulmonares; depois uma posterior subdivisão ao nível dos lóbulos pulmonares, estes se resolvem na rede pulmonar.

As paredes dos capilares são delgadíssimas e os gases respiratórios podem atravessá-las facilmente: o oxigênio do ar pode assim passar dos ácinos pulmonares para o sangue; ao contrário, o anidrido carbônico abandona o sangue e entra nos ácinos pulmonares, para ser depois lançado para fora. Aos capilares fazem seguimento as vênulas que se reúnem entre si até formarem as veias pulmonares. Estas seguem o percurso das artérias e se lançam na aurícula esquerda. A artéria pulmonar contém sangue escuro, sobrecarregado de anidrido carbônico (sangue venoso). As veias pulmonares contêm, contrariamente, sangue que abandonou o anidrido carbônico e se carregou de oxigênio, tomando a cor vermelha (sangue arterial).

A grande circulação

A aorta, ponto de início da grande circulação, parte do ventrículo esquerdo. Forma um grande arco, que se dirige para trás e para a esquerda, segue verticalmente para baixo, seguindo a coluna vertebral, atravessa depois o diafragma e penetra na cavidade abdominal. Ao fim do seu trajeto, a aorta se divide nas duas artérias ilíacas, que vão aos membros inferiores. Da aorta se destacam numerosos ramos que levam o sangue a várias regiões do organismo. Da aorta partem as artérias subclávias que vão aos membros superiores e as artérias carótidas que levam o sangue à cabeça. Da aorta torácica partem as artérias bronquiais, que vão aos brônquios e aos pulmões, as artérias do esôfago e as artérias intercostais.




As vênulas e veias: As vênulas recolhem o sangue dos capilares. Estas se unem para formar veias. Possuem três capas como as artérias, porém mais finas, especialmente a capa média. A pressão nelas é mais baixa em comparação com as artérias. As veias atuam como condutoras para o transporte do sangue dos tecidos até o coração mas, de forma igualmente importante, servem como reserva fundamental do sangue. As veias têm um calibre muito maior do que as artérias, sendo seu fluxo muito mais lento. Estas devolvem ao coração o sangue contra a gravidade e, por isso, têm válvulas que fomentam o fluxo de retorno venoso ao coração.

A congestão venosa que se sente nos pés quentes e cansados ao fim de um dia movimentado diminui colocando-se os pés em posição mais alta do que o tronco.